Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves )
Destino Cruzado Não Soltar! Capítulo 55

Capítulo 55

Felipe sentiu uma dor aguda no coração, como se um nervo tivesse sido arrancado, e, num instante, agarrou a gola da camisa de Kevin, “Como está a garota? Ela está no hospital? Ela se machucou?”

“Seu Felipe, fica calmo, a menina está bem, não se machucou. Mas o mendigo levou uma pancada na cabeça e ficou todo ensanguentado,” disse Kevin.

“Ele merece morrer!”

Uma aura mortal e gelada surgiu no olhar de Felipe, carregada de uma frieza sanguinária.

Ele correu imediatamente para a delegacia.

Segundo as informações fornecidas pela polícia, quase dava pra confirmar que a garota era Ângela Alves.

“Seu Felipe, a polícia disse que ela estava com um homem oriental, provavelmente o Senhor Elton, certo? Afinal, ele é a única pessoa que a Senhora Alves poderia procurar em Paris,” Kevin falou com cautela.

O canto da boca de Felipe se tensionou lentamente. Embora ela estivesse fora de perigo, o que tranquilizou ele um pouco, contudo a ansiedade em seu peito parecia se agravar, formando um nó.

“Procurem imediatamente o paradeiro do Elton.”

“Certo.”

Ângela Alves não esperava que Elton levasse ela para a Provença.

Quando viu os campos de lavanda sob a luz do luar, estendendo–se até onde os olhos podiam ver, ela perdeu o sono.

“Uau, que lindo!”

“Sabia que você gostaria daqui,” Elton sorriu.

“Você é o único que me entende, é Elton,” ela disse isso travessamente.

Elton tinha uma vinícola aqui, e todos os verões vinha passar as férias.

Depois de comer, ela entrou no quarto e deitou numa cama grande e macia.

Foi um dia cheio de sustos e emoções. Pensar nisso dava ela arrepios.

Ela acariciou sua barriga.

Felizmente, o bebê estava a salvo.

Eles eram realmente fortes, tão fortes que ela cada vez mais não queria se afastar deles.

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Capitulo 55

Mesmo que não pudesse ficar com eles, ela não queria estar longe.

De jeito nenhum ficaria no exterior, morreria antes disso.

Logo, ela adormeceu.

E dormiu até o amanhecer.

Ao abrir as cortinas, os raios de sol da manhã derramavam–se pelos campos de lavanda, criando uma névoa de luz púrpura que fluía pela paisagem.

Ela respirou fundo, enchendo os pulmões com o delicado perfume das flores.

A empregada trouxe roupas limpas.

Depois de se arrumar, ela desceu as escadas e encontrou Elton tomando café no sofá.

Ele estava vestido de maneira casual e elegante, com um ar de príncipe saído de uma história em quadrinhos.

Ele era completamente diferente de Felipe.

Felipe era deslumbrante e impecável, porém frio e distante, alguém a quem só se podia olhar de baixo para cima.

Já Elton, com sua elegância tranquila e sorriso encantador, era como o sol, aquecendo o coração e convidando a se aproximar sem resistência.

Assim que viu ela, ele sorriu, “Vamos tomar café da manhã, e depois eu te levo para conhecer a vinícola.”

“Combinado.”

Ângela Alves foi para a sala de jantar, onde um café da manhã estilo francês aguardava ela, com torradas e bacon que agradavam o seu paladar.

Como estava grávida, não podia tomar café, então bebeu um copo de leite.

Para chegar à vinícola, era preciso atravessar os campos de lavanda. Era a época de maturação das uvas, e os cachos pesados pendiam das videiras..

Os moradores locais já haviam começado a fazer vinho.

As jovens pisavam nas uvas descalças, em uma das mais tradicionais formas de vinificação, produzindo um vinho mais aromático do que aqueles que são processados nas máquinas.

“Quer tentar?” perguntou Elton, sorrindo.

“Melhor eu só olhar,” respondeu Ângela Alves. Ela já tinha se agitado o suficiente no dia anterior e não podia correr o risco de machucar o bebê.

Elton colheu uma uva e ofereceu a ela, “Experimente.”

Ela colocou na boca, e era tão doce que inspirou nela uma nova ideia de design.

Capitulo 55

Mas ela não podia voltar para a GM; Felipe com certeza demitiria ela.

Depois de voltar para o Brasil, ela teria que procurar um novo emprego rapidamente, ou seu irmão ficaria sem dinheiro para os remédios.

Ao pensar nisso, um bloco de gelo se moveu silenciosamente em seu coração.

À tarde, Elton levou ela para a cidade, onde ela comprou pequenos presentes para sua família. Quando voltaram, já era entardecer.

Elton foi para a destilaria, e ela foi sozinha à vinícola, planejando colher algumas uvas para

comer.

Naquela hora, os moradores já tinham se recolhido às suas casas, e somente ela estava na vinícola.

Colheu dois cachos de uva, quando ouviu passos sussurrantes se aproximando.

Pensando que Elton havia voltado, ela se virou com um sorriso tímido, “Mais tarde, você não

quer…

Sua voz de repente ficou presa na garganta, um arrepio de medo percorreu seus ombros.

A figura imponente que se aproximava lançava uma sombra gigantesca, engolindo ela por inteiro.

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