Capítulo 1510

Capítulo 1510

Juan não tinha mentido nem um pouquinho.

Durante o tempo em que Nara esteve inconsciente, o medo de que ela não voltasse a acordar o fezchorar escondido várias vezes, nas profundezas da noite silenciosa.

Abel Lozano perguntou, “Minha irmã também se machucou? Que tipo de ferimento? Como é que eunão sabia? Mana, como você se machucou?”

Nara acariciou sua cabeça, sentindo que não deveria esconder as coisas de casa dele, “Eu sofri umacidente de carro um tempo atrás, peguei uns arranhões, mas agora já tá quase tudo sarado.”

Abel Lozano questionou, “E onde você se machucou?”

Nara apontou para sua perna, “Aqui, ó. Mas to conseguindo andar, né? Isso mostra que não foi nada.grave.”

Abel Lozano continuou, “O pai e a mãe foram pra Cidade de Mar e ficaram lá um mês por causa doseu. acidente?”

Na época, disseram a ele que a irmã estava ocupada com o trabalho e que eles precisavam cuidardela por um mês, pedindo para ele se virar sozinho.

Ele nem tinha pensado muito nisso.

Nem mesmo pelas chamadas de vídeo ele conseguiu perceber algo.

Nara apenas confirmou com um “É.”

Abel Lozano disse, “Então deve ter doido muito.”

Nara respondeu, “Já não dói mais.”

Abel Lozano começou a chorar, “Mas tá doendo tanto…”

No entanto, ele não podia chorar na frente da irmã.

Se não, ela não iria contar para ele se alguém a intimidasse no futuro.

Ela não acreditaria que ele poderia protegê-la.

Nara olhou para o médico e depois para a testa suada de Abel, “Abel, chorar não é vergonha.”

Abel Lozano olhou para Juan.

Juan entendeu na hora o que se passava na cabeça do garoto.

Ele se levantou e disse aos curiosos, “Vamos lá, pessoal, acabou o espetáculo.”

Os moradores conheciam a fama de Juan e, ao ouvir suas palavras, ninguém ousou desobedecer.

Rapidamente, os espectadores se dispersaram.

Juan se agachou novamente diante de Abel Lozano, “Todo mundo foi embora, agora só ficamos nós, afamilia e os médicos”

Abel Lozano olhou ao redor para confirmar que realmente não havia mais ninguém olhando esegurando o choro, disse, “Pai, mana, cunhado, tá doendo demais… ah…”

Enrique, com o coração mole, começou a chorar ao ver o filho chorando, “Abel, me desculpa! É tudo

culpa do seu pai inútil!”

Enrique era um bom sujeito, mas não era burro

Ele sabia que aquele ataque de cachorro não tinha sido um acidente.

Ontem mesmo Juan tinha mencionado algo sobre as familias Alvino e Nereu, e hoje Abel Lozano foimordido pelo cachorro.

Enquanto chorava, enxugou as lágrimas com força, “Abel, não tenha medo, dessa vez seu pai vai teproteger.”

Nara interveio, “Pai, deixa isso comigo.”

Enrique replicou, “Nara, pode deixar que seu pai não é tão fraco quanto você pensa.”

Antigamente, ele era condescendente porque todos eram do mesmo povoado e tinham o mesmosobrenome, descendentes da mesma família.

Agora, ele havia entendido que quanto mais ele era condescendente, mais as pessoas seaproveitavam dele.

Podiam mexer com ele, mas jamais com seus filhos.

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