Capítulo 1560

Capítulo 1560

Num piscar de olhos, o dia se foi.

Mas para Juan, esse dia pareceu ter a duração de séculos, arrastando-se de forma insuportável elenta.

No inicio da manhã, ao sair da casa dos Lozano, ele já ansiava pelo anoitecer. Apenas sob o manto danoite poderia invadir sorrateiramente o quarto de Nara, para revê-la e fazer tudo o que tanto desejava.

Por isso, antes que a noite caisse, Juan jantou cedo e tomou um banho caprichado. Depois, pediupara Vicente o levar de carro até um ponto a uns dois ou très quilômetros de Vila Nogueira.

Então, ele seguiu a pé até lá.

Como era Natal, a vila estava repleta de movimento, com todas as casas bem iluminadas, decoraçãonatalina nas entradas e luzes piscando por toda a área. Ao passar pelas ruas, ele ouvia risadas econversas das

pessoas.

Felizmente, a escuridão e a multidão ajudaram Juan, um desconhecido familiar, a passardespercebido.

Finalmente, ele chegou à porta da casa da Nara.

De fora, dava para ver uma fogueira acesa no quintal, ao lado de uma mesa de jantar cheia de nãoapenas a familia de quatro pessoas, mas também mais quatro estranhos, pais com dois filhos, tãoparecidos com

Nara.

A voz de Irma chegou aos ouvidos de Juan, “Então está combinado, amanhã as crianças vão com opai delas, vamos ao cemitério honrar nossos entes queridos.”

Enrique perguntou, A Nara vai também?”

Irma ficou aflita, Como é que a Nara não vai?”

Enrique se explicou, “Estou preocupado com sua perna. Embora ande bem no dia a dia, subir colina éoutra

história.”

Nara se levantou e correu pelo quintal, “Pai, tio, tia, olhem só, minha perna está ótima, viu?”

Enrique concordou, “Tudo bem, se você está com a perna boa e quer ir, amanhã de manhã nosacompanha. É bom também para os avós darem uma olhada em vocês, pedir para que não cruzemcom pessoas ruins e que tenham uma vida cheia de saúde e paz.”

Nara concordou com um sorriso..

Mirela, que não tirava os olhos de Nara, pensava que a moça era a mais bela da vila, uma verdadeiraestrela. Mas, de repente, notou algo estranho, “Nara, o que é aquilo no seu pescoço? Está comalergia?”

A marca no pescoço era de Juan, da noite anterior.

Como o clima estava um pouco frio, Nara ficou de cachecol o dia todo e ninguém percebeu.

Porém, com o calor da fogueira, ela relaxou o cachecol e a marca veio à tona.

Nara rapidamente cobriu de novo, “Ah, tia, está muito seco esses dias, me deu uns vermelhões e eufui là e cocei sem querer.”

Abel Lozano interveio, “Mana, você não usa hidratante todo dia? Ontem mesmo te vi passando ummonte antes de deitar e não tinha nada”

Nara ficou nervosa e gaguejou, “Ah, esses, esses vermelhões aparecem do nada, eu não disse que foiontem à

noite.”

Irma lançou um olhar que dizia entender tudo e encheu o prato do Abel com um pedaço enorme depernil, “Coma e fique quieto, moleque. Não é idade para ficar se metendo em tudo.”

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