Capítulo 1738

Capítulo 1738

Kira mandou calar a boca com uma firmeza que desarmava.

Ela virou–se e correu para o banheiro, abriù a torneira e lavou o rosto, buscando um momento deserenidade.

Embora tivessem ficado noivos, ambos eram jovens demais e havia um mar de incertezas no futuro.

Se conseguiriam realmente se casar, era uma questão em aberto.

Ações impensadas, tomadas no calor do momento, podiam trazer alegrias efêmeras, mas tambémarrependimentos duradouros.

E ela não tinha o luxo de se arrepender.

Felizmente, Flávio não fez mais nenhuma besteira, dando–lhe espaço para se acalmar.

Quando Kira saiu arrumada, encontrou Flávio na varanda, fumando um cigarro.

Ela não pôde se conter e o advertiu novamente: “Já falei para fumar menos, você nunca se lembra?”

família Kira.”

grcgan Vamos dorenir. Amanhã temos que estar com boa disposição para enco

Kira concordou: “Tudo bem, eu durmo no sofá e deixo a cama para você.”

Flávio respondeu indiferentemente: “Como quiser.”

Provavelmente por estar exausta, Kira se aconchegou no sofá e rapidamente pegou no sono.

Não sabia quanto tempo havia dormido, mas sentiu seu corpo ser levantado e, meio adormecida,percebeu que estava sendo colocada numa cama quente e aconchegante.

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Kira abriu os olhos e viu Flávio cobrindo–a com o edredom: “Flávio, você está cedendo a cama paramim de novo?”

Ele não respondeu, apenas perguntou se a tinha acordado.

Ela negou com a cabeça.

Flávio brincou, tocando seu rosto com um toque tão suave que mal podia ser sentido: “Durma.”

Sem estar completamente desperta, Kira fechou os olhos e logo adormeceu novamente.

Flávio sentou–se ao lado da cama, observando–a dormir pacificamente.

Ela dormia tão profundamente que nenhum pesadelo a perturbaria agora.

Ele se lembrava de quando ela chegou à capital, quando os dois foram confinados num quarto pelafamília.

Ela mal conseguia dormir, acordada por pesadelos várias vezes durante a noite.

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Naquela época, ele não estava particularmente preocupado com ela, mas seus próprios hábitos desono leve faziam com que os gritos dela o acordassem.

Ele apenas observava, friamente, enquanto ela se debatia com os sonhos ruins.

Por sorte, com o passar dos meses, ela foi encontrando seu propósito e ganhando confiança.

O mais importante era que ela não estava mais sob a sombra da família Kira, não precisava enfrentartodos os dias as pressões daquele ambiente opressivo.

Longe daquilo que a sufocava, era natural que ela florescesse.

Agora, não só estava mais confiante, como também não temia tanto os outros, ao ponto de até mesmorepreender quando provocada.

Incapaz de controlar a emoção que brotava em seu peito, Flávio tocou o rosto de Kira com ternura.

Parecia que ela estava se alimentando bem, seu rosto estava mais formoso e saudável do que quandose conheceram.

Talvez sentindo desconforto, Kira, ainda dormindo, tentou afastar o que quer que estivesse tocandoseu rosto.

Flávio aproveitou para segurar sua mão dentro da sua, firmando–a: “Minha medrosa, eu vou mefortalecer, para que ninguém mais ouse te intimidar.”

Sim.

Ele tinha que se tornar mais forte.

Não deixaria mais que ninguém o forçasse a fazer o que

não queria.

Kira teve um sono profundo.

Ao acordar, o dia já estava claro.

O tempo estava esplendido, com o sol brilhante, seus raios dourados penetravam o quarto através dacortina branca, banhando tudo com um brilho dourado.

“Acordou, dorminhoca?”

A voz agradável de Flávio soou de repente ao seu lado.

Kira virou–se e viu–o sentado à beira da cama, com um notebook no colo – provavelmente estavacuidando de assuntos de trabalho.

Flávio fechou a tampa do notebook: “Dormiu bem?”

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