Capítulo 874

Capítulo 874

Carla não respondeu, mas Marco Antônio sabia que ela tinha ouvido suas palavras.

Depois de dizer isso, ele deixou o quarto da vo Lidia e, gentilmente, fechou a porta para Carla.

Quando ele saiu, viu Maria e Jean bisbilhotando na porta, quem eram realmente parecidos com Carlaem alguns aspectos. Ele disse: “Vão esperar na sala, parem de bisbilhotar aqui.*

Maria disse: “Carlita está sozinha lá dentro, nós estamos preocupados”

Marco Antônio respondeu: “Confie nela.”

Maria e Jean queriam ficar na porta, mas vendo a confiança de Marco Antônio, eles foram com elepara a sala.

Depois que Marco Antônio se foi, Carla se aproximou da cama da vó Lídia e, delicadamente, segurousua mão, dizendo: “Vovó……”

Quando ela chamou sua avó, ela não conseguiu segurar as lágrimas, e seu coração doía como setivesse sido escavado, tornando difícil para ela respirar.

Ela levou algum tempo para se acalmar antes de continuar falando: “Vovó, faz muito tempo que nãoconversamos direito. Hoje vou ficar aqui conversar com você.”

A mão da vó Lídia estava fria e rígida, mas Carla ainda segurava sua mão contra seu rosto, “Vovó,você está me repreendendo por não ter tido um filho como você queria?”

Vovó, eu já estou tentando engravidar. Se você acordar, em alguns meses poderá segurar meu bebê.”

Mas, não importa o que Carla disse, vó Lidia não reagiu……

Carla sabia que sua avó nunca mais poderia responder, mas ainda esperava que um milagreacontecesse, que vó Lídía voltasse à vida.

Ela esperou e esperou, mas o milagre que ela esperava nunca veio.

No quarto, só havia a voz dela: “Vovó, você realmente me deixou? Você sabe o quanto é importantepara mim? Você deve saber, deve saber o quanto é importante para mim, mas ainda assim medeixou.”

“Vovó, você se lembra do que me disse quando eu tinha dezoito anos? Você me disse que, se eu meesforçasse para entrar em uma boa universidade, você realizaria um desejo meu.”

“Depois eu me esforcei e entrei na Universidade de Salvador, você me perguntou o que eu queria, eudisse que queria que você ficasse comigo para sempre. Você riu e concordou, disse que ficariacomigo, me acompanharia no casamento, no parto, até eu me tornar uma avó……”

Pensando nisso, um sorriso feliz apareceu involuntariamente no rosto de Carla. Parecia que tudo issotinha acontecido ontem e tão real.

“E todos aqueles anos da minha infância, você sempre me deixava fazer um pedido, eu sempre pediaque você ficasse comigo, que nunca me deixasse. Você perguntava o que eu tinha pedido, eu nuncalhe dizia a verdade, porque eu ouvi dizer que se você disser seu desejo em voz alta, ele não setornará realidade.”

“Se eu soubesse que não dizer o desejo também não o torna real, eu teria a contado, para que vocêsoubesse o quanto é importante para mim. Vovó, eu posso desistir de tudo, só para você acordar eficar comigo.”

Se fosse possível, Carla daria tudo o que tinha agora para trazer sua avó de volta à vida. Mas elasabia muito bem que nada neste mundo poderia trazer sua avó de volta à vida.

Quanto mais clara essa realidade se tornava, mais doía.

Ela teve que se esforçar para conter a dor em seu coração, para que pudesse continuar conversandocom sua avó: “Vovó, eu sei que você sempre se sentiu culpada por eu ter sido traída, você acha quenão me protegeu bem, e isso me deixou sem um lar para voltar.”

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