Capítulo 17
A familia Cavalcanti estava em uma situação delicada, quase falindo, enquanto os Gomes
estavam no auge do sucesso.
Se Renata Gomes fosse casar com o quinto filho da familia Cavalcanti, não seria o mesmo que dar um dote ao contrário?
Como a joia da familia Gomes poderia fazer algo assim?
Mas cancelar o noivado agora, o que as pessoas diriam sobre os Gomes?
Enquanto o casal Gomes ponderava, Renata se aproximou: “Pai, mãe, por que essas caras tão preocupadas?”
Jéssica Moura compartilhou a situação com Renata.
Renata tinha lembranças de uma vida anterior e sabia que a familia Cavalcanti também estava quase falida quando voltaram para Minas Gerais.
O retorno deles a Minas neste momento, então, não era uma surpresa.
Renata franzia a testa: “Essa pretensão da familia Cavalcanti, não é como um sapo querendo comer carne de cisne?”
Além disso, ela não era nenhum cisne!
Ela era uma fênix, destinada a voar alto!
Uma família à beira do abismo querendo casar com ela era pura ilusão.
“Exatamente!” Jéssica concordou, indignada: “Eles guardam isso no coração há anos, sem se dar ao trabalho de medir as próprias capacidades, e ainda ousam aspirar minha filha! Que absurdo!”
Renata assegurou: “Pal, mãe, não se preocupem com isso agora, eu vou conversar com eles. Estamos no século XXI, acreditamos na liberdade de escolher com quem casar e amar, o que vier a acontecer, não terá nada a ver com vocês.”
Reencarnada, com uma vantagem dourada em mãos, ela não se casaria a menos que quisesse!
E, se casasse, seria com alguém à sua altura!
Seu alvo era o Sr. Leandro, o auge da pirâmide.
Minas Gerais era pequeno demais para conter suas ambições!
O quinto filho da familia Cavalcanti? Quem era ele, afinal?
Se Leandro fosse o Sr. Leandro, a família Cavalcanti não estaria nessa situação desesperada,
buscando um casamento de conveniência!
Além do mais, Renata já havia usado seu dom especial para confirmar que a pessoa que compareceu ao salão da familia Gomes na noite anterior era, de fato, o Sr. Leandro.
Ela não permitiria que a história se repetisse.
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Capitulo 17
Naquele momento, um empregado anunciou: “Senhor e senhora, a Vovó Cavalcanti e a Sra. Cavalcanti chegaram.”
“Por favor, peça que entrem” – disse João Gomes, forçando um sorriso.
Logo, duas figuras entraram na sala.
A idosa à frente, de cabelos brancos e rosto marcado pelo tempo.
A mulher mais jovem atrás dela, vibrante, aparentando menos idade do
que tinha.
Eram a matriarca da família Cavalcanti e a mãe de Leandro, Maria Soares.
João Gomes foi recebê–las prontamente.
“Vovó, cunhada, chegaram a Minas Gerais quando? Por que não avisaram, para que pudéssemos preparar uma recepção adequada?” Apesar de desprezar os Cavalcanti, ele mantinha as aparências.
Jéssica Moura logo pediu que preparassem um café.
A Vovó Cavalcanti sorriu: “João, vocês são muito gentis! Esta é a Renata, não é? Que moça linda!”
“Ah, a senhora é muito gentil, ela é só uma menina longe de estar pronta.”
Claro, sua filha era excepcional!
O quinto filho da família Cavalcanti merecia a mão dela?
João já tinha descartado a Vovó Cavalcanti em sua mente várias vezes.
Como ela podia ignorar a enorme diferença entre as duas familias?
Quase na ruína, e ainda tinham a petulância de pedir a mão dela.
Depois de uma conversa polida, Vovó Cavalcanti chegou ao ponto: “João, não vamos rodear o assunto, somos todos uma familia aqui. Viemos discutir algo relacionado aos jovens.”
João fingiu surpresa: “Algo relacionado aos jovens?”
Vovó Cavalcanti explicou: “Sobre o noivado do nosso Leandro com a Renata.”
Quando a familia Gomes estava à beira do colapso, foi o patriarca dos Cavalcanti, Guilherme,
quem veio em auxilio financeiro, salvando–os. Em agradecimento, os Gomes prometeram que, se tivessem uma filha, ela se casaria com o quinto filho dos Cavalcanti, Leandro.
Naquele tempo, Leandro tinha apenas quatro anos.
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